Perda gestacional retida: tratamento baseado em evidência / Missed miscarriage: treatment based on evidence

A perda gestacional é a complicação mais comum da gestação, a qual acarreta sérias repercussões sociais, psicológicas e clínicas para as pacientes. Perda gestacional retida é definida como a visualização do saco gestacional vazio até a décima segunda semana de gestação, gestação intrauterina no primeiro trimestre com perda da atividade cardíaca ou a estabilização da medida comprimento crânio-nádega (CCN) em avaliações ecográficas sucessivas. Historicamente, a conduta cirúrgica tem sido o tratamento de escolha para esse quadro clínico. No entanto, há novas tendências baseadas em estudos recentes que sugerem alternativas terapêuticas válidas como a conduta expectante ou a conduta farmacológica. Esta revisão apresentou a evidência científica atual das diferentes possibilidades de tratamento da perda gestacional, sua eficácia e a relação com possíveis complicações.

Miscarriage is the most common complication of pregnancy which causes serious social, psychological and clinical consequences for patients. Missed miscarriage is defined as the visualization of a gestational sac empty until 12th week of pregnancy, 1st trimester intrauterine pregnancy with loss of heart activity or stabilization of the cranial-rump length measurement (CRL) in successive sonographic evaluations. Historically the surgical approach has been the treatment of choice for this clinical event. However, the new trends based on recent studies suggest that alternative therapies are valid as expectant treatment or pharmacological treatment. This review presented the current scientific evidence of the different possibilities for the treatment of pregnancy loss, its efectiveness and relation to possible complications.

Manejo expectante del aborto retenido / Expectant management of missed abortion

Se analizan 100 casos consecutivos de pacientes portadoras de aborto retenido sometidas a manejo expectante. El promedio de edad de las pacientes es de 29,1 años, el 81 por ciento es multípara y en el 65 por ciento de los casos no estaban usando métodos anticonceptivos en el último año. El valor promedio de hematrocito no varía durante el seguimiento. Los casos se resuelven en un promedio de 12,8 días. Un 42 por ciento de los casos evolucionan como aborto completo y no requieren de instrumentación. Un 43 por ciento de los casos requiere de legrado pero sólo un 7 por ciento precisa de dilatación. El 16 por ciento de los casos presenta algún tipo de complicación pero sólo el 1 por ciento es de gravedad, no atribuible al manejo expectante. Se concluye que el manejo conservador en los casos de aborto retenido representa una buena alternativa al enfoque clásico de dilatación y legrado en pacientes seleccionadas en las cuales se puede lograr un adecuado seguimiento y control posterior

Litoquelifopedion: presentación de un caso de nueve años de evolución / Lithokelyphopedion: presentation of one case of nine years evolution

Se informa de un caso de litoquelifopedion en una paciente de 40 años de edad, que permaneció con un feto muerto de 24 semanas de gestación durante nueve años. El caso se diagnosticó por clínica y por ultrasonografía. Su resolución fue quirúrgica. Se comentan los factores que condiciona su formación y se efectúa la correlación anatomoclínica del caso

Necessidade discutível de esvaziamento uterino de rotina em abortamento espontâneo em clínica privada / Discussible need of routine uterine emptying in spontaneous abortion in private clinic

Os autores apresentam 410 casos de abortamento espontâneos em clínica de esterilidade conjugal, dos quais apenas 32 (7,8//) necessitaram esvaziamento uterino cirúrgico. Destes 9 (nove) obedecendo protocolo da fertilizaçäo assistida com transferência de embriäo, e tendo evoluído para o abortamento. Oito (n=8) por suspeita de manuseio ginecológico, cinco (n=5) por suspeita de mola hidatiforme, nove (n=9) por fatores psicossomáticos envolvidos e apenas um (n=1) devido a sangramenteo uterino abundante. As eliminaçöes espontâneas (n=378) e "loquiaçöes" ocorreram em prazo máximo de 4 semanas näo ocorrendo qualquer complicaçäo neste grupo, levando em consideraçäo que näo houve exame ginecológico em momento algum. A administraçäo de medicamentos estro-progestativos e uterolíticos durante a gestaçäo näo mudaram a evoluçäo. Discutem os autores a necessidade de dosagem de beta-HCG e exames ecográficos frequentes, principalmente visando excluir neoplasia trofoblástica gestacional, e além disso, de boa relaçäo médico-paciente. Acreditam estarem evitando assim "stress" físico local, emocional e complicaçöes dos fatores de abortamentos espontâneos de repetiçäo ou näo pré-existentes. Resta considerar os problemas em adaptar-se esta conduta ás condiçöes dos serviços-escolas ou ambulatórios ginecológicos gerais. Neles, o atendimento médico tem características peculiares quanto a relato médico-paciente, além dos problemas nas repetiçöes de exames instrumentais e laboratoriais. Em trabalho em evoluçäo em nosso ambulatório-escola discute-se estes aspectos